Pra não dizer que não falei das flores... Catharanthus roseus
(Imagem 1-Vinca roxa) |
Amamos algumas coisas em função do que elas representam para nós, pois quase todo o nosso sistema de pensamento e sentimentos está baseado em simbolismos. Com a Vinca (Catharanthus roseus), não é diferente, amo-a desde pequenininha, pq essa era a flor mais bonita e mais abundante no quintal de meus avós quando eu era criança. Por isso, nada mais justo que dedicar um post especialmente a essa espécie, que dentre outras coisas, representa (por seu caráter anual) a transitoriedade da vida.
Pertencente a família Apocynaceae, que abriga espécies como a Pluméria (Plumeria alba) e o Chapéu de Napoleão (Thevetia peruviana), a C. roseus é uma espécie anual, nativa da região de Madagáscar, que cresce de forma espontânea em algumas regiões do Brasil. Tem bom potencial ornamental, devido a sua floração intensa e contínua, além de possuir alcaloides (artigo) com propriedades anti-inflamatórias e antidiabéticas.
Imagem 2 |
É dividia é inúmeras variedades, com diferentes colorações, sendo a roxa (popularmente conhecida como Violeta das bruxas) a mais comum, e a vermelha a mais exuberante. A variedade mais cultivada é a Violeta das bruxas e a branca de centro magenta (imagem 2), mas existem muitas outras variedades que vão do branco ao roxo muito escuro.
Como uma antiga amante das vincas, já cultivei muitas variedades e posso dizer que entre elas há as que são mais resistentes, como a roxa (imagem 1) e as mais sensíveis, como a totalmente branca, conhecida como Névoa da Manhã. Enquanto a primeira tolera bem estiagens, temperatura elevada e outros tipos de estresses, a segunda necessita de maiores cuidados para manter o viço e a floração, motivo pelo qual é mais raro encontrá-la nascendo espontaneamente.
Dia desses, lendo sobre a morfologia da C. roseus, me daparei com uma coisa interessante; eu nunca havia prestado atenção a sua forma de reprodução. Nunca havia visto fruto, muito menos sementes e nunca havia me perguntado como ela se reproduzia, supondo comigo mesma que deveria ser por meio de propagação vegetativa (caule, folhas e etc)
Em parte eu estava certa, mas ignorei totalmente o fato de que estava me referindo a uma angiosperma. Pode isso?
Descobri que a C. roseus possui uma espécie de vagem, bem discreta, de onde surgem as sementes, coisa que eu nunca havia visto até essa semana, enquanto vistoriava meu jardim (imagem 3) e acabei encontrando.
Imagem 3 |
Por fim, a C. roseus é uma boa opção para quem quer um jardim sempre florido, pois não se trata de uma espécie muito exigente e sua floração ocorre praticamente o ano inteiro (exceto na região Sul do Brasil).
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