Vale do Capão


Antes de mais nada; genteeeee, é muito amor envolvido nessa trip!!!

Pronto! Agora que já desabafei, vamos a uma narrativa menos eufórica da trip mais foda que fiz esse ano.

Tudo começou com um estalo maluco que deu, simultaneamente, em meu marido e em mim. Desde que mudamos pra Salvador, começamos a sentir os primeiros sintomas da abstinência da natureza. Não que Salvador não tenha bastante praia e áreas verdes, mas mesmo com tudo isso não deixa de ser uma cidade grande, com seu ritmo próprio. Além disso, já ha algum tempo, fomos mordidos pelo bichinho da viagem e desde então surgiu uma coceirinha no juízo que só aquieta quando estamos de malas prontas. Foi em uma noite de muita coceira que a gente entrou no site da empresa de ônibus comprou as passagens pra Palmeiras-BA e o resultado foi esse final de semana incrível.

Talvez você esteja se perguntando como uma viagem pode ter sido tão boa se durou somente um final de semana (e olha que nem mencionei que só entre ida e volta foram dezesseis horas de viagem rsrs), mas posso te assegurar que naquele lugar encantado chamado Vale do Capão, o tempo passa diferente.

Não vou mentir dizendo que sete horas dentro de um ônibus mais uma dentro de uma vã em estrada de terra, não cansa. Cansa sim, mas vale muuuuito a pena e no final você volta tão bem que nem parece que ficou na estrada tanto tempo.

Na ída mesmo eu já estava me sentindo ótima, irradiando amor (e olha que não costumo ser essa paz de espírito toda não. rsrs), sorrindo por qualquer besteira. Nasci e me criei em Salvador e nunca tinha ido na Chapada. Algumas vezes por motivos diferentes, mas na maioria deles pelo mesmo motivo de sempre; a moleza que a gente tem pra visitar os pontos turísticos da nossa propria cidade ou estado. Fui protelando, protelando, até que depois de morar no sul por três anos, passei a olhar com olhos de turista a minha propria terra.

O lugar que eu mais queria ir era o Morro do Pai Inácio, um dos pontos mais famosos do lugar. E eu fui, fui e tirei tantas fotos que quase descarreguei a câmera.
Por Jamile Cesar
Vista do morro do Pai Inácio-Chapada Diamantina
Recomendo a todos que por ventura tenham o interesse de conhecer a Chapada, que não deixe de ir no Pai Inácio e principalmente, que não deixe de ouvir a história do lugar narrada pelo guia Joas. Mas tem que prestar bastante atenção, pq a história é bem legal, eu juro.
Joas, contando a história do morro para uma família de turistas.


Geralmente os guias oferecem roteiros que terminam com a visita a este local, pois o pôr do Sol lá de cima é espetacular.

Mas antes do Sol de pôr da tempo de ver muita coisa, principalmente a ponta de pedra, suspensa a 250 metros de altura e 1,120 de altitude, onde você vai se sentar (ou ficar de pé, se tiver coragem) e ver a paisagem com um misto de terror e encantamento. É muuuito alto e venta bastante, dá uma sensação de que vc vai ser jogado de lá a qualquer momento.srsr
Eu, olhando a vista a 250 metros de altura
Subida para o morro
Sobre subir esses duzentos e cinquenta metros é tranquilo, a trilha parece uma escadinha e só de vez em quando tem umas pedras mais íngremes, mas nada absurdo não, dá pra qualquer um subir numa boa.

A propósito, uma observação interessante é quanto a localização do Pai Inácio, ele não fica exatamente no município de Palmeiras, mas na estrada entre Palmeiras e Lençois, por isso não dá pra ir a pé do Vale do Capão (que fica dentro de Palmeiras) até lá.  No nosso caso fomos com a guia Paloma e uma amiga dela, que nos levou de carro até lá. Aliás, super recomendo a Paloma, super prestativa, tira todas as suas dúvidas e te dá muitas dicas úteis. quem tiver interesse basta deixar um comentário que eu passo o contato dela.

Por Jamile Cesar
Pôr do Sol visto do Pai Inácio
Bolsa vendida na feira
Outra recomendação é com relação a hospedagem, quem não quiser ficar num Camping e preferir uma pousada, eu recomendo e muito a Casa dos Nômades. Dona Suely e o Jean Pierre, são os proprietários e também são uns amores. E o café da manhã oferecido por eles é de tirar o fôlego, tanta variedade que meu marido e eu não demos conta.

No final de semana, mais especificamente no domingo de manhã, tem a feirinha do Capão. Coisa boa, vende de frutas a cristais. Tinha até uma bolsa de coro com o desenho de uma cena da animação Morte e Vida Severina❤ 

Aliás, o Capão é o pedaço de terra mais esotérico do Bahia e a energia do lugar não deixa por menos, o riachinho mesmo tem uma cachoeirinha muito boa, com água suficiente pra devolver toda a energia gasta ao longo do dia.

Cor da água no Riachinho- Vale do Capão
Enfim, como um final de semana só é pouco tempo, muitos pontos de visitação acabaram ficando de fora nessa trip. Além disso, agora estou tendo que lidar com a deprê pós viagem, aquela sensação de vazio por voltar a vida cotidiana. Mas é isso, o post acabou ficando um pouquinho extenso e ainda assim ficou faltando uma porção de foto, então quem sabe eu crie uma parte II...? Veremos.




Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.