Sobre as fotos bobas que a gente não publica


Dia desses eu estava aqui revirando meus arquivos e percebi que frequentemente eu encontrava uma ou outra foto sem ângulo, sem foco e sem muito apelo, perdida entre as outras. Em sua maioria eram fotos com alguma história, mas que em comparação a outras (mais legais) acabavam ficando de lado e não sendo postada em lugar nenhum.
Acontece, que tem dias que a gente acorda com um pouco mais de sensibilidade poética e até acha legal a história que a foto conta, mesmo que a foto em si seja uma tragédia.
A primeira foto da série FOTOS BOBAS é essa foto dos meus pés. Pose batida, tênis sujo e cenário sem graça, mas é justamente aí que está a história por trás dessa fotografia. Ela foi tirada depois de um dia inteiro de caminhada no interior, do interior, do interior do Rio Grande do Sul, onde meu sogro plantava soja.

Fotos bobas que escondem histórias legais.



O lugar era bem legal, hiper silencioso, cheio de animais e com uma imensidão de campo que seus olhos chegam a se perder. As perninhas de fora eram por causa do calor, (sim, faz muito calor no sul) e embora não fosse a roupa mais adequada pra andar a cavalo, caminhar no mato e se defender dos mosquitos, era a mais confortável. Aí, depois de um dia inteiro de cansaço e muitas fotos legais, eis que resolvi fotografar (Deus sabe pq) meus pés.
Aliás, depois de cansada eu sempre resolvo fazer umas coisas meio loucas, como sentar na cerca e cantar para os bois, que ficaram me olhando com essa cara esquisita aí. Mas eu acho que no fundo eles gostaram.

Enfim, a lista de esquisitices não para por aí não, vai de foto de nevoeiro ( o meu primeiro)


a metade de focinho do meu gato (que eu tive que deixar com outra pessoa quando me mudei :( )


Tem até foto de teia de aranha (membro de um "mutirão" de aranhas que se organizavam na cansativa tarefa de todas as noites montar e ao amanhecer desmontar, suas teias em meu jardim)

Todas são fotografias sem foco e sem jeito, coisa de quem entre uma foto e outra simplesmente aponta a câmera e registra alguma coisa de forma despretensiosa. Ou como diria um amigo, ranço de criança, coisa que algumas pessoas nunca perdem.



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